sábado, 11 de janeiro de 2014

O Homem de Aço



O Homem de Aço

Título Original: “Man of Steel”.

Gênero: Ação / Aventura.

Origem: E.U.A.

Duração: 143 Minutos.

Ano de Lançamento: 2013.

Elenco: Henry Cavill, Amy Adams, Michael Shannon, Diane Lane, Russel Crowe, Antje Traue, Arry Lennix, Richard Schiff, Richard Meloni, Kevin Costner, Ayelet Zurer, Laurence Fishburne, Dylan Sprayberry e Cooper Timberline.

Roteiro: David S. Goyer.

Direção: Zack Snyder.



O diretor Zach Snyder repassa uma cena com Henry Cavill em seu vídeo

“O Homem de Aço” é a sexta adaptação cinematográfica do maior herói de todos os tempos e um dos longas mais aguardados do ano por este Pipoqueiro que vos escreve – e tenho certeza que por outros milhares de fãs.

“O Homem de Aço”, dirigido por Zack Snyder (“Watchmen – O Filme”), tem a proposta de trazer Superman para a nova “realidade” dos filmes de heróis, tendência inaugurada com “Batman Begins” em 2005. Desde então, os conflitos dos personagens têm acontecido em um mundo mais palpável, além de suas aventuras. Seja ele um humano até certo ponto comum, como no caso de Batman/Bruce Wayne, ou um alienígena em crise de identidade, no caso do Superman/Clark Kent, suas tramas se desenrolam em um universo muito mais complexo: o interior do indivíduo.

Christopher Nolan e Zach Snyder no set

“O Homem de Aço” tem produção de Christopher Nolan, diretor da trilogia Batman, e roteiro de David S. Goyer, também responsável pelas histórias da trilogia do Homem-Morcego. Não é a toa que o longa é, até agora, se não o melhor, um dos melhores filmes do ano.

Mas o que faz de “O Homem de Aço” provavelmente o melhor filme do ano?

O longa tem tudo o que os fãs há muito tempo esperam de uma produção sobre o Homem do Amanhã: complexidade e questionamentos que aproximam o herói do espectador, vilões à altura do personagem e ação de tirar o fôlego.


Clark em busca de quem ele é


Kal-El/Clark Kent/Superman, muito bem interpretado pelo ator inglês Henry Cavill, carrega em si o drama e a necessidade de descobrir sua origem e seu papel no universo. Jor-El e Lara Lor-Van (Russell Crowe e Ayelet Zurer), pais biológicos de Kal-El, sabem que o pequeno kryptoniano se tornará um Deus entre os humanos e conduzirá a humanidade na busca do bem maior. Já seus pais na Terra, Martha e Jonathan Kent (Diane Lane e Kevin Costner em brilhante interpretação), tentam por um lado protegê-lo da sociedade e por outro orientá-lo na formação de seu caráter heroico, que já despontava desde muito cedo. Nessa dualidade – de possuir poderes que podem mudar o modo de vida dos Homens mas ter que escondê-los da sociedade por não saber como ela reagirá –  encontra-se Clark em busca de si próprio.



Jor-El e Lara Lor-Van com o pequeno Kal-El na despedida em Krypton; e Jonathan e Martha Kent com o pequeno Clark na chegada à Terra

Michael Shannon é o enfurecido General Zod


Outro personagem que está de volta (já havia sido explorado no clássico “Superman II”, de 1980) é o General Zod. Eternizado por Terence Stamp (“Priscilla, A Rainha do Deserto”), desta vez ele surge na pele de Michael Shannon (“Boardwalk Empire”). Zod está ainda mais cruel e poderoso, disposto a fazer qualquer coisa para reviver Krypton. Desde “Matrix Reloaded” (2003) sonha-se com Superman enfrentando algum oponente em uma batalha na qual a pancadaria rolasse solta, como aconteceu entre Neo e o Agente Smith - afinal, Neo era o simulacro do Homem de Aço naquela realidade. É exatamente isso o que vemos aqui. Superman e General Zod medem forças ao melhor estilo Kryptoniano na Terra. Poder de voo, rajadas de calor pelos olhos, super força e indestrutibilidade de ambos os lados garantem uma das maiores cenas de ação já vistas no cinema, levada às últimas consequências.


Essas foram tiradas do álbum de Martha Kent. Kevin Costner está excepcional como Jonathan Kent

Além disso, a construção e estrutura do roteiro quebram a cronologia/linearidade da trama na primeira hora e meia do filme. Como consequência, temos um panorama completo da história do herói, desde a origem e o motivo do pequeno bebê kryptoniano vir parar na Terra, saltando em uma elipse até os dias atuais do homem Clark Kent em seus 33 anos (ah, a todo momento existe alguma referência a Superman ser “Jesus, O Salvador”) e, sempre que necessário, voltando à sua infância, onde se descortinam as melhores sequências do longa entre o jovem Clark e seu pai Jonathan. O fazendeiro Jonathan é mostrado como um homem sábio, conhecedor da sociedade e de nossa falta de preparo para absorver e entender o “diferente”. Acredito que desde “Dança com Lobos” (1990) Kevin Costner não interpretava tão bem um papel como faz na pele de Jonathan Kent. Suas cenas, sempre muito inteligentes e tocantes, vão fundo na emoção do espectador. Seu trabalho neste papel é, sem dúvida, uma redenção para a sua carreira em franco declínio há alguns anos.

O longa guarda ainda algumas homenagens e semelhanças aos outros filmes do herói, e também referências ao universo DC. Em relação às homenagens, é possível que os mais atentos percebam em uma determinada cena a superposição do rosto de Christopher Reeve (Superman dos filme originais) ao de Henry Cavill por alguns poucos frames.

Amy Adams está ótima como Lois Lane

Outra semelhança aos demais filmes está no fato de mais uma vez Superman salvar Lois Lane (agora interpretada pela sempre excelente Amy Adams ) durante alguma queda livre. Em “Superman – O Filme”, o herói a salva quando ela cai de um helicóptero do topo do Planeta Diário, em “Superman II”, o azulão a socorre de uma queda do elevador da Torre Eiffel, em “Superman – O Retorno”, mais uma vez ele a resgata após ela cair de um Boeing. Lois Lane e suas terríveis quedas… Outras referências ao universo DC estão nos logotipos da Lexcorp espalhados em vários pontos da história e – o que eu achei mais interessante – o logotipo da Wayne Enterprises no satélite que é destruído. Será que já são pontos de ligação para futuros filmes? Esperamos que sim.

Zod com certeza vai encontrá-lo

Alguns "senões" também existem, que contudo não diminuem em nada a qualidade ou a grandiosidade do filme. Determinadas questões em relação à escolha estética, principalmente em Krypton, podem incomodar ou provocar a lembrança estranha de outros filmes, como:

A concepção visual de Zod com o cabelo à la imperador romano, mais precisamente ao estilo do Imperador Commodus (Joaquin Phoenix) de “Gladiador” (2000), leva Jor-El, interpretado pelo próprio Gladiador Maximus (Russell Crowe), ao encontro de seu destino de forma muito parecida a do filme de Ridley Scott.

Jor-El observa a destruição do golpe de Zod

Ainda na parte de Krypton, Jor-El usa um ser alado para se locomover que lembra demais os de “Avatar” (2009) – definitivamente uma lembrança não muito agradável.

Outro ponto, que contudo não tem a ver com estética mas sim com personalidade e vocação heroica do personagem, é o fato de Superman se importar tanto com os humanos, mas não procurar afastar-se deles durante seu embate final com Zod.

Henry Cavill é a nova cara do Superman

Ponto para “Superman II”, no qual o herói, após perceber o potencial destrutivo de sua luta com Zod, decide levar seu confronto para a Fortaleza da Solidão.

Mas entendam, esses pontos são observações de quem tem que, com senso crítico, às vezes fazer o papel do chato. Com certeza existem outras tantas coisas excelentes para se falar do filme. Dito isso, corram para os cinemas e deleitem-se com o mais novo filme de Superman, o Homem de Aço. E para saber mais sobre a evolução do icônico Superman através dos tempos e  sua importância na cultura pop basta clicar no link.

Assistam abaixo aos trailers de “O Homem de Aço”.

Trailer 1: Clique aqui.
Trailer 2: Clique aqui.

Reportagem e fotos retiradas do site Pipoca Gigante.

Opinião de Ricardo Tavares: "O filme é muito bom, mas existem duas falhas, uma é comparar o Homem de Aço com Jesus Cristo, têm grandes referências em todo o filme. Entretanto, uma coisas é uma coisa, outra coisa é outra coisa, não sei qual a intenção de fazer referências entre os dois. 

A outra é no final do filme, a última cena entre o Homem de Aço e seu inimigo, mas não posso falar o que é, se não estraga a surpresa. Salvo estas duas falhas, pelo menos na minha opinião, o filme é o melhor que assisti em 2013. O filme tem muito a nos ensinar,  como seres humanos. Salvo, a última cena, como citado anteriormente.

O filme não está muito cotado para concorrer ao Óscar, o que é uma pena, mas estamos na torcida."














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